Página:Lourenço - chronica pernambucana (1881).djvu/302

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braços curtos, as mãos pequeninas, estavam revelando a Lourenço, no boleado e no ilustre, quanto ganhara ela com a transformação.

— Não fujam mais de mim, que me fazem ficar tristes - prosseguiu o rapaz. Não vivemos sempre em boa harmonia?

— Sempre não - atalhou Joaquina; até certo tempo, enquanto não se meteu entre nós uma nuvem negra que foi a causa do nosso desgosto.

— Está tudo acabado agora. A nuvem foi-se embora. Não está tão bonita esta manhã? Pois quem sabe se não vem com ela a manhã da nossa passada amizade?

— Como está Marcelina? Como está Francisco? Ainda não o vi depois que chegou, disse Joaquina, como quem ia se acomodando com a nova ordem de idéias sugerias pela imaginação de Lourenço.

— Estão bons. Vou já dizer-lhes que estive aqui, e que depois de amanhã, que é domingo, sinhá Joaquina e Marianinha vão passar o dia lá em casa.

— Não, Lourenço; lá não - disse Joaquina.

— Pois então há de ser cá. Venho eu, meu pai e minha mãe. Pegaremos o resto dos goiamus. A andada não dura três dias?

— Se quiserem vir, venham. Aqui nos acharão para os recebermos.

— Havemos de fazer a nossa festa mesmo debaixo destes araçazeiros. Mas, que é isto, Marianinha? Você