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Mas daí o foram arrancar os agentes do governador, e a esta hora jaz sepultado aquele honrado pernambucano na semi-tumba das Cinco Pontas, com outros companheiros de luta e infortúnio.

À vista disto, senhor e amigo meu, tomei a deliberação de ocultar-me nestas matas de Tracunhaém. Onde vos escrevo as presentes regras, que particularmente se dirigem a chamar-vos para este abrigo, no qual o valoroso Falcão d'Eça espera dar terrível ensino aos algozes dos pernambucanos. Se vos parecer, com a demais nobreza dessa vila, vir fazer-nos companhia nestas matas, mandai prevenir-nos, para que todas as providências sejam dadas a fim de se vos facilitar a entrada nos segredos.

Deus vos guarde, amigo e senhor meu

Vosso humilde servo

MARTINHO DE BULHÕES."

A outra carta era escrita pelo bispo, e não tinha mais que as linhas seguintes:

"Amigo e senhor sargento-mor

Não tendo aqui um amigo que vos avise, visto que, uns por se acharem presos, outros por andarem foragidos pelos bosques, todos estão ausentes, tomo eu este caridoso ofício.