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Página:Lourenço - chronica pernambucana (1881).djvu/39

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Marcelina e Lourenço, depois do incêndio praticado pelo bando de Luís Soares na casa que Francisco fizera à beira da estrada, no Cajueiro, lugarejo distante de Goiana uma légua, atualmente muito estendido, moravam em uma palhoça, obra de vinte braças para dentro na mesma direção da casa queimada. Fora fácil ao rapaz e à sua mãe de criação, mulher afeita ao trabalho do campo, tão resoluta como Francisco, seu marido, reconstruírem a antiga habitação; mas, estando os tempos muito contrários, e receando a cada momento as hostilidades movidas pelos parciais dos mercadores, pareceu-lhe melhor espaçar a reconstrução para depois, contentando-se com levantarem a ligeira palhoça onde se recolheram, e cuja perda lhes seria de pouco tomo, se houvessem de passar por este novo prejuízo.