D. MANUEL - Se matais vossa filha?
D. ANTÔNIO - Não a matarei. Amores fáceis de curar são esses que aí brotam no meio de galanteios e versos. Versos curam tudo. Só não curam a honra os versos; mas para a honra dá Deus um rei austero, em pai inflexível... Até à vista, senhor D. Manuel. (Sai pela esquerda.)
CENA XV
D. MANUEL DE PORTUGAL, logo CAMÕES
D. MANUEL - Perdido... está tudo perdido.(Camões entra pelo fundo.) Meu pobre Luís! Se soubesses...
CAMÕES - Que há?
D. MANUEL - El-rei... El-rei atendeu às súplicas do senhor D. Antônio. Está tudo perdido.
CAMÕES - E que pena me cabe?
D. MANUEL - Desterra-vos da corte.