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Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/286

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D. ADELAIDE - Por ora é segredo. Titia quer que levemos Carlota conosco.

MAGALHÃES - Para a Grécia?

D. ADELAIDE - Sim, para a Grécia.

MAGALHÃES - Talvez ela pense que a Grécia é em Paris. Eu aceitei a legação de Atenas porque não me dava bem em Guatemala e não há outra vaga na América. Nem é só por isso; você tem vontade de ir acabar a lua de mel na Europa... Mas então Carlota vai ficar conosco?

D. ADELAIDE - É só algum tempo. Carlota gostava muito de um tal Rodrigues, capitão de engenharia, que casou com uma viúva espanhola. Sofreu muito, e ainda agora anda meia triste; titia diz que há de curá-la.

MAGALHÃES (rindo) - É a mania dela.

D. ADELAIDE (rindo) - Só cura moléstias morais.

MAGALHÃES - A verdade é que nos curou; mas, por muito que lhe paguemos em gratidão, fala-nos sempre da nossa antiga moléstia. "Como vão os meus doentezinhos? Não é verdade que estão curados?"