D. ADELAIDE - Pois falemos-lhe nós da cura, para lhe dar gosto. Agora quer curar a filha.
MAGALHÃES - Do mesmo modo?
D. ADELAIDE - Por ora não. Quer mandá-la á Grécia para que ela esqueça o capitão de engenharia.
MAGALHÃES - Mas, em qualquer parte se esquece um capitão de engenharia.
D. ADELAIDE - Titia pensa que a visita das ruínas e dos costumes diferentes cura mais depressa. Carlota está com dezoito para dezenove anos; titia não a quer casar antes dos vinte. Desconfio que já traz um noivo em mente, um moço que não é feio, mas tem o olhar espantado.
MAGALHÃES - É um desarranjo para nós; mas, enfim, pode ser que lhe achemos lá na Grécia algum descendente de Alcibíades que a preserve do olhar espantado.
D. ADELAIDE - Ouço passos. Há de ser titia...
MAGALHÃES - Justamente! Continuemos a estudar a Grécia. (Sentam-se outra vez, Magalhães lendo, D. Adelaide folheando o livro de vistas).