Página:Machado de Assis - Teatro.djvu/291

Wikisource, a biblioteca livre

D. LEOCÁDIA - Pelos homens?.

MAGALHÃES - Não, senhora.

D. LEOCÁDIA - Então pelas mulheres?

MAGALHÃES - Nem pelas mulheres.

D. LEOCÁDIA - Por uma mulher?

MAGALHÃES - Por uma mocinha, filha do ministro do Peru em Guatemala. Já contei a historia à Adelaide. (D. Adelaide senta-se folheando o livro de gravuras).

D. LEOCÁDIA (senta-se) - Ouçamos a história. É curta?

MAGALHÃES - Quatro palavras. Cavalcante estava em comissão do nosso governo e freqüentava o corpo diplomático, onde era muito bem visto. Realmente, não se podia achar criatura mais dada, mais expansiva, mais estimável. Um dia começou a gostar da peruana. A peruana era bela e alta, com uns olhos admiráveis. Cavalcante, dentro de pouco, estava doido por ela, não pensava em mais nada, não falava de outra