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D. HELENA - Reflita primeiro; basta amanhã!

D. LEONOR - Há de ser hoje mesmo! Esta casa está ficando muito sueca; voltemos a ser brasileiras. Vou escrever ao urso. Acompanha-me, Cecília; hás de contar-me o que lia. (Saem).

CENA XIII

D. Helena, Barão

D. HELENA - Cecília deitou tudo a perder... Não se pode fazer nada com crianças... Tanto pior para ela. (Pausa). Quem sabe se tanto melhor para mim? Pode ser. Aquele professor não é assaz velho, como convinha. Além disso, há nele um ar de diamante bruto, uma alma apenas coberta pela crosta científica, mas cheia de fogo e luz. Se eu viesse a arder ou cegar... (Levanta os ombros). Que idéia! Não passa de um urso, como titia lhe chama, um urso com patas de rosas.

BARÃO (aproximando-se) - Perdão, minha senhora. Ao atravessar a chácara ia pensando no nosso acordo, e, sinto dizê-lo, mudei de resolução.

D. HELENA - Mudou