das afirmativas da Esposa ferida, quando se queixa da frieza e do abandono do marido. E por esses mesmos antecedentes se conclue que a expiação que lhe é imposta com rigor, não é sómente a consequencia dos seus crimes, mas uma derivante de sentimentos e disposições de caracter herdados no sangue e acentuados por exemplos de ofensas usadas para com as esposas que foram as virtuosas avós do snr. Dr. Alfredo da Cunha.
Mas confirmando estas revelações de psicologia, diz a autora do livro a páginas 4:
«Já tinha reconhecido que os versos do Dr. Alfredo da Cunha, que tam apreciados foram por mim, eram mais pensados do que sentidos, porque emquanto alguns deles pareciam repassados de sentimento, este em nada se revelava no trato para comigo. Mas a minha opinião mais se confirmou vendo o seu pouco carinho pelo filho. Não era um pai como o meu, era um pai frio, severo, como tinha sido o dêle.»
A páginas 5 diz ainda:
«Dr. Alfredo da Cunha era muito rispido para seu filho, e castigava-o bastantes vezes.»
E a páginas 15:
«Quando o filho lhe desagradava em qualquer coisa, deixava de lhe falar, evitando mesmo vê-lo.».
E a páginas 6:
«Raro meu marido beijava o filho.»
Ponha-se agora em confronto a ternura da mãe para o filho.