conciliar a todos como um arco iris de imensa ternura. Mas a sociedade implacavel e severa, não admite êsse poder. A alma despedaça-se na luta. E os olhos vertem prantos atribulados.
Mas o seu filho, minha senhora! Quem melhor poderá falar-lhe do amôr que por êle sente o seu coração, senão o coração de uma mãe? Bem póde o filho, apartado de si mesmo, ter ferido de desamôr e de egoismo, que hoje invade todos os ânimos, a alma da mãe que se queixa.
A queixa é desabafo, que nunca abafa o amôr. E esse proceder do filho amado, não é senão exaltação do momento, defeza de conveniências de ordem pessoal e social a que arrasta esta orgia de interesses e ambições em que se converteu o mundo. Mas ésses impulsos são apenas exterioridades instaveis que não penetram o invólucro de coração.
A alma das mães é quasi sempre sublime. Espera, esquece e perdôa. A neurose do século é a responsavel de todos os arrebatamentos e desharmonias familiares que só a indulgência e o amôr reconciliam.
Quanto mais delicada é a alma, mais sujeita às fraquezas e mais fácilmente se deixa por elas dominar.
Minha Senhora — No julgamento imparcial do emocionante episódio em que a lançou o destino, tenho-me esforçado por manter o seu nome e os seus actos num plano de rehabilitação condigna dos seus méritos e da sua posição