oprobio e revoltas. Recalcou orgulhos, violou pudôres, feriu sentimentos, desencadeou rancores, violências e âncias de vingança.
Tenho de ser leal com a minha consciência acusando os efeitos depois de haver justificado as causas. Porque se há em mim um espirito livre que vê claro na razão e na justiça fundamental das causas, que afectam uma sociedade inconsciente, há uma outra forma de vêr áparte dessa, e que procede cingida aos preceitos da educação do meio e das regras que formam o espírito da época.
Defendendo a V. Ex.a, estou dentro dos princípios que formarão a consciência da sociedade futura.
Mas não posso absolvê-la em obediência aos dógmas da sociedade de hoje. Convenço-me no entanto que a aclamaria a absolvição geral da sociedade, se o amôr da mãe suplantasse a paixão que abrazou o coração da amorosa.
Que poema de renúncia para a história dos heroismos femeninos!...
Decerto V. Ex.a conhece a história de Cornelia, Mãe dos Gracos. E portanto não ignora que depois de viúva de Sanponio, Talomeo, o poderoso rei egipcio, lhe oferecera um amôr ardente sobre um trono de faustuosa realeza. Viveria em palácios de ouro e mármore pantélico cercados de luxuriosos palmares e de soberbos odeliscos. Deslumbraria pela formosura aureolada por um septro de rainha.
Mas a filha imortal de Escepião, preferiu a todos os amôres e a todas as glórias a glória de ser a mais virtuosa das mães e das mulheres romanas. A sua paixão, o seu único amôr, o seu ideal, o seu dever, as suas joias, são