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horas de folga

Comia-o á pressa e retirava-se.

Ela ficava de janela a vê-lo saltitar pela rua e, de repente, chamava:

Tio Vicente!

O côrvo corria logo ao apêlo.

A amizade dos dois aumentava todos os dias.

O côrvo alimentava-se de tudo, mas nada chegava



O corvo

 

para êle á carne, mesmo que estivesse pôdre. Sabendo isto, Berta comprava ratos a um garôto da vizinhança para lhos dar.

Mas uma idea começou a incomodar o espírito de Berta: era ser tão amiga dum animal conhecido por ladrão. Parecia-lhe isto um desdoiro para o nome duma menina tão bem comportada.

Contava ao côrvo quanto fazia: se dera bem as lições, se se divertira nos passeios, etc.