Na vespera uma balla de peça depois de haver batido na muralha cahira sobre seu leito.
Elle se tinha desviado para lhe dar logar, e rindo, dissera:
— Vereis que não terei a sorte de apanhar uma arranhadura.
Entrando achou Emilio Dandolo muito inquieto por causa de Morosini que diziam prisioneiro.
Nem um nem outro sabiam noticia alguma a tal respeito.
N’este momento uma balla de recochete feriu Dandolo no braço.
— Por minha fé, meu pobre rapaz, parece que não ha d’isso senão para ti!
Depois desatando o cinturão e deixando a espada, tomou um oculo de observação e veiu á janella para olhar os soldados francezes que apontavam uma peça.
No mesmo instante, partiu um tiro de carabina; a bala passou entre dois sacos de terra e feriu-o no ventre justamente no logar que o cinturão teria protegido se elle o conservasse.
Dandolo viu-o tremer, e ferido como estava, aproximou-se para o suster:
— Estou morto, disse Manara, recommendo-te meus filhos.
Veiu um medico; mas vendo-o pallidecer o ferido comprehendeu que tudo havia terminado.
Collocaram Manara n’uma paviola, e no meio do fogo os seus companheiros o levaram a Santa Maria della Scala. Foram chamar-me á ambulancia dei Pellegrini onde eu estava; corri. Era elle que tinha querido que o levassem junto a mim. Ai de mim, estimavamo-nos ternamente!
A praça estava atulhada de projectis.
Uma joven que havia tido a imprudencia de chegar a uma janella, acabava de ser ferida no peito e morta instantaneamente.
M. Varenna, official lombardo, ficou com a perna quebrada por um obuz, quando ia a subir os degraus da egreja para se aproximar de mim.