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BOOKER T. WASHINGTON

Continuei a trabalhar no carvão. Passados alguns mezes, porém, ouvi referencia a um emprego em casa do general Luis Ruffner, proprietario do alto forno e da mina. A sra. Viola Ruffner, mulher do general, uma yankee do Vermont, tinha fama de ser dura demais com as pessoas que a serviam, especialmente com os homens. De ordinario ficavam em casa della duas ou tres semanas e sahiam todos contando a mesma historia: não aguentavam o rigor da generala. Apesar de prevenido, resolvi experimentar um serviço que não podia ser peor que a mina. Minha mãe deu os passos necessarios, e empreguei-me com salario bem modesto.

Tanto me impressionava a reputação da sra. Ruffner que tremi quando me achei na sua presença. Mas não tardei em comprehender o que ella desejava. Primeiramente exigia presteza e methodo, queria que tudo estivesse limpo; em segundo lugar não dispensava honestidade e franqueza. Nada de sujeira ou desleixo; as cercas e as portos deviam conservar-se em bom estado.

Antes de me dirigir a Hampton, fiquei uns dezoito mezes em casa do general — e as licções que ahi recebi foram tão proveitosas como as que me deram depois. Ainda hoje desejo apanhar os papeis velhos que encontro perto das casas ou na rua, varrer os pateos, fincar as estacas soltas das cercas, caiar e pintar os muros enxovalhados, chamar