O primeiro passo que deu a comadre foi dirigir-se à casa do major a interceder pelo Leonardo; o major porém mostrou-se inflexível: o caso era grave, já não era o primeiro; a disciplina não podia ser impunemente ofendida mais de uma vez; o castigo devia ser infalível e grande. A comadre, que fora cheia de boas esperanças, soube pelo major o que ignorava, o que nem mesmo supunha: o Leonardo não só ficaria por mais tempo preso, como teria de ser chibatado... A pobre mulher, apenas lhe declarou isto o major, caiu de joelhos, chorou, lamentou-se; tudo porém debalde. Saiu desesperada, e com a mantilha caída, toda em desalinho, correu, voou à casa da D. Maria. Ao vê-la entrar naquele estado, D. Maria ergueu-se da sua banquinha, e largou a almofada da renda.
— Que tendes, criatura? que tendes? exclamou. Santo Cristo! o que é? Falai!...
— Ai, Sra. D. Maria do meu coração! que desgraça! respondeu a comadre: que má sina de rapaz...