tive zanga (menos de uma que bem se sabe), se o pai que tem... mas deixemos o pai que não vem nada ao caso...
— Já sei de tudo, já sei de tudo, atalhou o major.
— Ainda não Sr. major, observou a comadre, ainda não sabe do melhor, e é que o que ele praticou naquela ocasião quase que não estava nas suas mãos. Bem sabe que um filho na casa de seu pai...
— Mas um filho quando é soldado, retorquiu o major com toda a gravidade disciplinar...
— Nem por isso deixa de ser filho, tornou D. Maria.
— Bem sei, mas a lei?
— Ora, a lei... o que é a lei, se o Sr. major quiser?
O major sorriu-se com cândida modéstia. A discussão foi-se assim animando; porém o major nada de ceder, até pelo contrário parecia mais inflexível do que nunca; chegou mesmo a pôr-se em pé e a falar muito exaltadamente contra o atentado do Leonardo, e a necessidade de um severo castigo. Era engraçado vê-lo no bonito uniforme que indicamos, de pé, fazendo um sermão sobre a disciplina, diante daquelas três ouvintes tão incrédulas que resistiam aos mais fortes argumentos.
Ainda porém não tinham as três esgotado contra ele o seu último recurso; puseram-no pois em ação.
Quando mais influído estava o major, as três a um só tempo, e como de combinação, desataram a chorar... O major parou... encarou-as um instante: seu semblante foi-se visivelmente enternecendo, enrugando, e por fim desatou também a chorar de enternecido. Apenas as três se aperceberam deste triunfo carregaram sobre o inimigo.