Ouvi com repugnância uma idéia proferida nesta casa, que os partidos por si é que se deviam conciliar. Entendo ao contrário que a conciliação deve ser a obra do governo e não dos partidos, porque no estado atual, se os partidos por si mesmo se conciliarem, será em ódio e despeito ao governo, e a transação, versando sobre o princípio da autoridade, não pode deixar de ser funestíssima à ordem pública e ao futuro do país...”
Esses quatro anos de Ministério foram para ele extremamente trabalhosos, mas por igual fecundos. Meu pai vinha da magistratura e da Câmara com uma reputação feita de jurisconsulto. No Ministério da Justiça ele a consolidou. Não tento agora um resumo de sua obra, que extensamente recompuz em Um Estadista do Império. Escolho alguns traços somente para definir a sua individualidade e a sua influência. Coube-lhe em primeiro lugar acabar inteiramente com o tráfico de africanos que Eusébio de Queiroz, seu antecessor, ferira de morte, mas que não queria desaparecer senão mui lentamente; a menor fraqueza da parte de uma futura administração fá-lo-ia renascer com dobrada ânsia de aproveitar a monção, porque seus quadros e material conservavam-se intatos no Brasil e em África. Nabuco propõe como recurso extremo tirar-se o julgamento do crime aos jurados. Esse golpe na “instituição popular”