apossado de mim e devia seguidamente durante seis anos ocupar-me até absorver-me...
Como escrevia algumas páginas atrás, o meu espírito adquirira em tudo a aspiração da forma e do repouso definitivo. A nossa dinastia tivera em 15 de novembro o que chamei uma assunção: vivera e acabara como uma encarnação nacional. O condão deixado pela fada no berço da nossa nacionalidade foi quebrado e lançado fora; quem nos diz que o desfecho não estava previsto por ela? A Independência, a unidade nacional, a Abolição: nenhuma dinastia jamais insculpiu na sua pirâmide um tão perfeito cartouche... Quando eu pensava no papel representado pela casa reinante brasileira, d. Pedro I, Pedro II, d. Isabel, e nas condições de unanimidade, espontaneidade, e finalidade nacional necessárias para ela o poder de novo desempenhar de acordo com a sua lenda, o problema excedia a minha imaginação, e parecia-me um atentado contra a História querer-se acrescentar, a não ser por mão de mestre, de uma segurança, de uma delicadeza, de uma felicidade a toda prova, um novo painel àquele tríptico...
Por outro lado, durante os anos que trabalhei na Vida de meu pai a minha atitude foi insensivelmente sendo afetada pelo espírito das antigas gerações que criaram e fundaram o regime liberal que a nossa deixou destruir... O que eu respirava naquela vasta documentação não era um espírito monárquico