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Página:Missal.djvu/191

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os astros loiros se apagam e a própria luz de uma lamparina ou de uma vela projeta claridade dúbia, que antes punge, que antes apunhala e dói, do que alumina!?

O coração cerra-se-nos de uma névoa triste, e, como um solitário monge, põe-se a balbuciar não sei para que mundos distantes, orações indefinidas, kiries eternos e nostálgicos, de um nebuloso sentimentalismo, que estão no fundo de todos os seres espirituais.

São fluidos íntimos, virginais, da alma, que sobem para o desconhecido; são incensos inefáveis de que está cheio o turíbulo do nosso amor e que, nos lancinantes momentos em que se desmorona para nós alguma força nobre, alguma força edificante, partem candidamente para as regiões do Ideal, país jamais descoberto e que só o pensamento logrou conhecer...

Vão lá saber qual é a tecla sombria