apaixonados, emudecem diante dos Cânticos, da grande exalção de amor que se desprendem das vozes em fios subtilíssimos de voluptuosa harmonia.
O seu sangue delicado, ricamente trabalhado em rubim, mais vivo, mais luminoso e vermelho fulge ao clarão das velas.
Dir-se-ia que esse rubim de sangue palpita, aceso mais intensamente no colorido rubro da luxúria dos Cânticos. Que despertam, ciliciando, todas as virgindades da Carne.
Fortes, violentas rajadas de sons perpassam convulsamente nos violoncelos, enquanto que as vozes se elevam, sobem, num veemente desejo, quase impuras, maculadas quase, numa intenção de nudez.
E, através das volúpias das sedas e damascos pesados que ornamentam o templo, das luzes adormentadoras, dos pertubadores incensos, da opulência festiva dos paramentos dos altares e dos sacerdotes,