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gesto. A admiração que me causara a figura singela do capitão Amphiloquio dos Reis, intelligentissimo e senhor do seu commando como poucos. A ordem perfeita, o asseio meticuloso, o respeito a um velho e sabio regulamento, que não soffre na sua entrozagem a minima alteração a não ser que venha indicada pelo evoluir natural das cousas e comprovada pela experiencia no sentido de um maior rendimento util. Falei dez minutos com um enthusiasmo muito irmão do com que o capitão Villar, esse dynamo de patriotismo, sabe influir nos que o ourem. E ao cabo, quando julguel que Mr. Slang ia voltar contra mim o destroyer da sua contradicta, eis que com assombro o ouço dizer:

— Sei disso e reconheço que não ha nenhuma exagero em suas palavras. Dou-me com o almirante Souza e Sliva e faço-lhe a justiça de o ter como digno de occupar posto equivalente na marinha britannica. Dou-me tambem com o commandante Amphiloquio e duvido que algum capitão inglez traga o seu navio nas condições do "S. Paulo" e gose de tanto respeito e amor da guarnição. Tambem conheço o commandante Villar, cuja notabilissima obra sobre a pesca e educação dos pescadores me parece das mais sérias que ainda se fizeram neste paiz. Alem disso, admiro na marinha o espirito de dedicação e o nobre culto ao dever que a distingue. No Club Naval vejo em todos os andares o retrato de Saldanha da Gama, o almirante perfeito, cuja memoria a marinha vem cultuando com uma ternura enternecedora, e nos navios noto o retrato de Dias, o heróe humilde que é uma lição para todos os jécas da maruja.

— Então, como nega efficiencia á nossa marinha?

Piano, piano... Acho apenas que ella não possue o essencial a uma perfeita marinha. Não possue um apparelhamento sempre ao nivel dos progressos rapidos