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MULHERES E CREANÇAS
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e que este inimigo, que toma todas as fórmas imaginaveis, é sempre no fundo o mesmo! o orgulho.

Que ella comprehenda bem que o dominio que a mulher exerce pela sua bondade nobilita aquelle que se lhe submette, emquanto que o despotismo, que tem como origem a belleza e a graça artificial das seducções, rebaixa o homem que o acceita, e a mulher que o põe em acção.

Nas cousas triviaes da vida pratica prepare-a para todas as eventualidades.

Que se não ache deslocada n’um throno, nem atraz d’um balcão.

Eis o ideal.

Ha uma dignidade que está comnosco, que participa da nossa propria assencia, que provém da noção elevada que nós temos dos nossos direitos e dos nossos deveres, e que é portanto independente de qualquer circumstancia exterior.

É d’esta dignidade que uma educação justa e forte deve dar á mulher, e que em todas as peripecias da vida, por mais desusadas e estranhas, a deve acompanhar.

Ter bastante humildade para exercer sem repugnancia os trabalhos menos delicados, e bastante superioridade para comprehender a idéa do dever que os exalta e sobredoira; ver na vida, primeiramente as