A educação d’ellas, uma educação toda exterioridades brilhantes, se não é aquella de que carecem as mães, as perceptoras de futuro, estabelece comtudo e accentua incontestavelmente a sua superioridade social sobre as gerações que as precederam.
A influencia estrangeira e sobretudo a franceza, penetrou nas salas desbotadas dos nossos palacios e nas luxuosas residencias da nossa aristocracia moderna.
Se não temos a mulher de familia, a creadora de uma geração robusta, conscienciosa, crente e leal, temos a mulher de sala, que é uma nova face da transformação lenta por que vão passando as idéas e os acontecimentos.
A mulher de sala é um producto exotico entre nós.
A França recebeu-a da Italia, cultivou-a, transformou-a, deu-lhe todos os requintes falsos, todos os donaires artificiaes, ergueu-lhe um throno no seio das suas côrtes galantes, e deixou que nós, vendo-a de longe a cubiçassemos e tentassemos transplantal-a para os nossos costumes chãos, para a nossa pobreza envergonhada e modesta.
Sahiu-nos uma cousa hybrida e estranha, que não está em relação com o seu meio, deslocada, inutil, mas em todo o caso attrahente para os olhos superficiaes.
A mulher de sala falla umas poucas de linguas, com facilidade e fluencia; escreve bem, com uma certa