deve por todos os modos facilitar e desenvolver essa vocação espontanea.
Mas que a educação de todas não seja pautada por um molde uniforme!
Mas, por Deus! que não se faça d’esta grande e sublime missão de cultivar um espirito infantil, uma questão de moda, uma questão de vaidade, uma questão de mutua inveja mesquinha.
As linguas são hoje ensinadas com muito esmero.
Mas que applicação se dá a essa sciencia adquirida em muitos annos de estudo e de pratica?
Uma applicação deveras ridicula!
Entre vinte das meninas que sabem hoje francez, inglez, allemão ou italiano, não ha quatro que tenham lido Hugo ou Bossuet, Racine ou Montaigne, Shakspeare ou Milton, Goethe ou o Dante, não ha quatro sobretudo que estejam aptas para comprehenderem estes mestres do pensamento e da palavra.
E no entanto para que servem as linguas estrangeiras?
Não passam de meros instrumentos com os quaes adquirimos noções, factos, idéas, conhecimentos, que nos seriam estranhos sem ellas.
Na lingua de um povo está consubstanciado muito do que elle é moral, physica e intellectualmente. Penetra-se