Além das estradas principaes, que communicavam uma cidade com outra, havia os caminhos vicinaes, viae vicinales, que conduziam ás aldeias, e estabeleciam relações entre estas e as cidades. Não eram alinhados como as primeiras, nem feitos com egual esmero.
Nas estradas mais bem executadas, a primeira camada, ou a mais funda, compunha-se de pedras collocadas em raso, ás vezes assentes com argamassa, mas em geral postas simplesmente umas sobre as outras: era o que chamavam statumen. Em algumas vias, as pedras do statumen eram postas de cutello e com inclinação, como explicaremos quando fallarmos das paredes construidas em espinha de peixe.
A largura ordinaria das vias romanas era de 15 a 20 pés. As bordas das partes alteadas não se conservam em muitas localidades; arruinaram-se por modo que não apresentam hoje sufficiente largura para um carro poder passar; e em certos pontos aproximam-se mais de um fôsso, que de uma estrada.
Os caminhos romanos atravessavam os rios sobre pontes, e vaus calçados. Em grande numero de localidades, encontram-se os alicerces das pontes, ou dos vaus, debaixo da agua, seguindo a directriz das antigas vias. Em certos casos o trilho era estabelecido sobre travessas de madeira.
Columnas itinerarias. — Os caminhos romanos eram divididos por marcos situados em espaços regulares, e com inscripções que indicavam o numero de leguas ou de milhas, comprehendido entre as diversas povoações.
As capitaes serviam de ponto central para marcar as distancias em todo o territorio.
Os marcos milliares tinham 5 a 6 pés de altura; eram de fórma cylindrica; chamavam-se milliares, milliaria, ou simplesmente lapidas.
D'aqui provem as phrases tão frequentes nos auctores antigos, ad primum, secundum, tertium lapidem, a primeira, a segunda e a terceira pedra, ou só ad primum, secundum, tertium, etc. ficando subentendido lapidem ou milliarium.