Para evitar trabalhos sempre difficies e dispendiosos, faziam seguir aos encanamentos subterrâneos, rodeios, ou sinuosidades, e por esta maneira as aguas podiam transpôr grandes espaços sem encontrarem encostas, e sem ficarem impedidas pelos obstáculos das montanhas.
Os aqueductos eram todavia mais communs soterrados, e só apparentes nos valles, onde necessariamente os canos passavam sobre paredões ou arcarias.
Os encanamentos que distribuiam as aguas nas fontes para os banhos e para outros estabelecimentos publicos e particulares das cidades gallo-romanas, eram feitos de chumbo ou barro. Saiam de um reservatório commum, ou castello de agua, castellum, como se vê um em Évora, do tempo de Sertorio.
A primeira gravura da pag. 51 [fig. 40], mostra o encanamento do aqueducto de Fréjo, um dos mais extensos que subsistem, tal qual se apresenta á vista quando se mantém subterraneo, ou collocado nas encostas das collinas, fig. 41. Este exemplo explica todo o systema empregado pelos engenheiros romanos.
Os aqueductos seguem a construcção egual das obras de arte executadas nos caminhos de ferro, transpôem como ellas os valles sobre viaductos, e atravessam as montanhas por meio de vallas ou tuneis.
Pontes e aqueductos serviam para transpôr os valles, e alguns tinham 90 arcos. A ponte do Gard, em França, era