Página:O Barao de Lavos (1908).djvu/115

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lhes déra acceitação. Bem o tinham já perseguido, elle mesmo conhecia que não era peste, que poderia ganhar por esse modo bôas carinhas. Mas não lhe quadrava lá... fazia-lhe repugnância... Nunca tinha querido.

E rematou, de olhos baixos, roendo uma unha:

— Foi o senhor o primeiro... póde crêr. — O quê!? Antes de mim, homem nenhum?... — interrogou o barão ávidamente. — Tão certo como ’starmos ambos com vida !... Em garoto pequeno, lá fazia o meu ran- chinho com os petizes da minha edade... Todos passam por isso... Agora homem em cima de mim, antes do senhor, nem sombras do primeiro !

— Acredito!—explodiu o barão, radiante. E abraçando o ephebo, com esta effusão de ternura invaidecida e grata que nos faz estreitar ao coração a virgem que se nos deu inteira:

— Como te chamas tu, afinal ? — O meu nome de baptismo é Eugênio... Meu pae era o sr. capitão Dias Lebre. — Eugênio Dias Lebre... é um nome cheio e bonito. Fica bem. — Agora na purria tenho uma alcunha d’estalo ! Sou o Marcado. — Porque diabo ?... — Olhe, por isto, sr. — Arregaçou a manga direita da camisa té ao hombro, e mostrou na parte interna e superior do braço, junto ao sovaco, uma pequenina rosêta, cor de rosa sêcca e d’um córte arredondado de corolla. — Dizem que foi porque minha mãe... andava occupada de mim, já nos últimos mezes... e vae foi assombrada por um raio quando estava a contemplar