— Foi ao Morenal com a D. Maria. Aquilo naturalmente foram para casa das Gansosos passar a noite.
— Cá esta senhora é proprietária, explicou o cônego, falando do Morenal. É um condado! — Ria com bonomia, e os seus olhos luzidios percorriam ternamente a corpulência da S. Joaneira.
— Ah, senhor pároco, deixe falar, é uma nesga de terra... disse ela.
Mas vendo a criada encostada à parede, sacudida com aflições de tosse:
— Ó mulher, vai tossir lá para dentro! credo !
A moça saiu, pondo o avental sobre a boca.
— Parece doente, coitada, observou o pároco.
Muito achacada, muito!... A pobre de Cristo era sua afilhada, órfã, e estava quase tísica. Tinha-a tomado por piedade...
— E também porque a criada que cá tinha foi para o hospital, a desavergonhada... Meteu-se aí com um soldado!...
O padre Amaro baixou devagar os olhos — e trincando migalhas, perguntou se havia muitas doenças naquele Verão.
— Colerinas, das frutas verdes, rosnou o cônego. Metem-se pelas melancias, depois tarraçadas de água... E suas febritas...
Falaram então das sezões do campo, dos ares de Leiria.
— Que eu agora, dizia o padre Amaro, ando mais forte. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, tenho saúde, tenho!
— Ai, Nosso Senhor lha conserve, que nem