Canho? Queria entregá-lo a Lucas ou matá-lo aos olhos de Catita?
Enquanto comiam os dois viajantes, um homem arrastando-se pelo chão por entre a macega, se aproximava sorrateiramente do ombu. Pelo emplastro de pano que trazia no rosto era fácil conhecer Félix.
Chegando a duas braças do tronco, parou indeciso. Ali estavam dois homens a quem ele votava ódio mortal: um lhe tinha mutilado o rosto, o outro lhe mutilara a alma; aquele o fizera hediondo, este o transformara em fera; ele tinha sede de sangue, mas como o tigre, de sangue quente, bebido no coração donde borbota.
Félix andara até aquele dia à pista do chileno, e voltava desesperado quando de longe avistou Juca e logo pressentiu que Manuel andava por perto. Descobrindo os dois viajantes, não se imagina a raiva que sentiu por ver o gaúcho senhor da vingança, tão cobiçada por ele.
Afinal decidiu-se o rapaz; apontando o trabuco para Manuel, armou a caçoleta; mas o rangir do ferro ainda soava, quando o gaúcho, a quem nada escapara, caiu sobre ele e arrancou-lhe a arma da mão.