terríveis convulsões dos elementos não passam de pequenas iras comparadas com a sanha ingente do ciclone que surge das regiões plutônicas como o gigante para escalar o céu.
Ei-lo, o imenso atleta que se perfila. Seu passo estremece a terra até as entranhas; a floresta secular verga-lhe sob a planta como a fina relva sob a pata do tapir; seu braço titânico arranca os penhascos, as nuvens, as tempestades, e arremessa todos esses projéteis contra o firmamento.
Luta pavorosa que lembra as revoltas pujantes do arcanjo das trevas precipitado pela mão do Onipotente nas profundezas do báratro. O maldito, prostrado no seio das chamas eternas, ressurge possesso levantando-se para ascender ao céu; nada lhe resiste; a abóbada do firmamento treme abalada por seu ímpeto violento. Mas que Deus incline a fronte, e Satã cairá fulminado pelo olhar supremo.
O ímpeto do tufão toma todas as formas da ferocidade; sua voz é a gama de todos os furores indômitos. Ao vê-lo, o terrível fenômeno afigura-se uma tremenda explosão da braveza, do rancor e da sanha que povoam a terra.