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Página:O Guarani.djvu/134

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—Algures deve estar. Procurai-a, Aires; corram tudo, matem-na, e tragam-me aqui.

—É dito e feito, respondeu o escudeiro correndo tanto quanto lhe permitiam as suas botas de couro de raposa.

Com pouca demora cerca de vinte aventureiros armados desceram da esplanada.

Aires Gomes marchava na frente com um enorme chuço na mão direita, a espada na mão esquerda, e uma faca atravessada nos dentes.

Depois de percorrerem quase todo o vale e baterem o arvoredo, voltavam, quando o escudeiro estacou de repente e gritou:

—Ei-la, rapazes! Fogo antes que faça o pulo!

Com efeito, por entre a ramagem das árvores via-se a pele negra e marchetada do tigre e os olhos felinos que brilhavam com o seu reflexo pálido.

Os aventureiros levaram o mosquete à face, mas no momento de puxarem o gatilho, largaram todos uma risada homérica, e abaixaram as armas.

—Que é lá isso? Têm medo?

E o destemido escudeiro sem se importar com os outros, mergulhou por sob as árvores e apresentou-se arrogante em face do tigre.