da Beatíssima Virgem do Monte Carmelo, o zelo e o santo fervor do irmão Fr. Ângelo di Luca.
Eis a razão por que o filho de um pescador, saído das lagunas de Veneza, achava-se no sertão do Rio de Janeiro, encostado ao esteio de um pouso, contemplando a tempestade que redobrava de furor.
—Sempre partireis esta noite, Fernão Aines? disse o homem que estava deitado na rede.
—Ao quarto d'alva, respondeu o outro sem voltar-se.
—E o tempo que vais fazer?
—Não é isso que me estorva, bem o sabeis, mestre Nunes. Esta maldita caçada!...
—Receais que vossos homens não tornem dela a tempo?
—Receio que não os leve a todos a breca por esses matos com semelhante borrasca.
O frade voltou-se:
—Aqueles que seguem a lei de Deus estão bem em toda a parte, irmão, em andurriais como neste pouso; os maus é que devem temer o fogo do céu, e a esses não há abrigo que os salve.
Fernão Aines sorriu ironicamente.