sobre o seu catre, agarrou o espadão que tinha à cabeceira.
— Que ides fazer? gritou mestre Nunes.
— Matá-lo e desta vez às direitas; que não torne.
— Esqueceis que vai longe?
— É verdade, murmurou o escudeiro rangendo os dentes de raiva.
Ouviu-se um ligeiro rumor na porta; os dois amigos o atribuíram ao vento e não se voltaram; sentados em face um do outro, continuaram em voz baixa a sua conversa interrompida pela brusca revelação de Nunes.
Entretanto fora passavam-se coisas que deviam excitar a atenção do digno escudeiro. O rumor que ouvira fora produzido pela volta que Rui dera à chave, fechando a porta.
O aventureiro tinha ouvido toda a conversa; a princípio aterrado, cobrou animo, e lembrou-se que em todo o caso era bom estar senhor do segredo do italiano para qualquer emergência futura. Confiado nessa excelente idéia, Rui meteu a chave no peito do gibão e foi reunir-se a seu companheiro que estava de vigia junto da escada.
Esperava por Loredano, que devia entrar na