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Página:O Guarani.djvu/435

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e voltando-se para lançar um olhar sobre o quarto de Cecília, estremeceu.

Acabava de ver pela soleira da porta o reflexo vivo de uma luz; e logo depois sobre a folhagem do óleo um clarão que indicava estar a janela aberta.

Ergueu os braços com um desespero e uma angústia inexprimível; estava a dois passos de sua senhora e entretanto um muro e uma porta o separavam dela, que talvez àquela hora corria um perigo iminente.

Que ia fazer? Precipitar-se de encontro a essa porta, quebrá-la, espedaçá-la? Mas podia aquela luz não significar coisa alguma, e a janela ter sido aberta por Cecília.

Este último pensamento tranqüilizou-o, tanto mais quando nada revelava a existência de um perigo, quando tudo estava em sossego no jardim e no quarto da menina.

Lançou-se para a cabana, e segurando-se às folhas da palmeira galgou o ramo do óleo, e aproximou-se para ver por que sua senhora estava acordada àquela hora.

O espetáculo que se apresentou diante de seus olhos fez correr-lhe um calafrio pelo corpo; a gelosia aberta deixou-lhe ver a menina adormecida,