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MONTEIRO LOBATO
A tarde ia morrendo. Não tardou que Pedrinho visse brilhar no ceu, por entre uma nesga aberta na copa das arvores, a primeira estrelinha.
Que coisa impressionante era a noite! Até aquele momento Pedrinho ainda não havia prestado atenção nisso. Noite em casa não é noite. Acende-se o lampião, fecha-se a porta da rua — e que é da noite?
Mas ali, oh, ali a noite era noite de verdade — das imensas, das completamente escuras, apenas com aqueles vagalumes parados no céu que os homens chamam estrelas...
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