— Pode comer, iaiá! Está muito gostosa.
Naturalmente a Felícia alguma vez, escutando à porta da sala, ouvira dizer que o médico dos soberanos tinha por encargo do ofício provar as régias iguarias antes de serem servidas a seu amo. Na sua qualidade de mucama, incumbida de velar sobre a formosura e o bem-estar da menina, ela considerava-se obrigada a partilhar com a iaiá todas as guloseimas.
A respeito dos presentes de festa, o encargo da mucama era ainda mais pesado: ela tinha como dever, comer o mais depressa possível os confeitos e amêndoas, para esvaziar as caixinhas, que Adélia destinava às roupas das bonecas.
— Quer um pedacinho, Adélia? perguntou Alice devorando o melão.
— Não, respondeu a amiguinha com um gesto de espanto.
De repente ouviu-se uma voz gritar do alto:
— Quem quer jambo? Lá vai!
Surpresos, só então perceberam todos que Mário se havia sumido.
Tendo discorrido um momento pelo pomar,