longe, no meio da folhagem. Lançar fora as uvas, correr para a fruta e trazê-la, foi movimento tão rápido que os outros só o perceberam, quando a viram de volta abraçada com o melão.
— Nhanhã, para que este melão?
— Para comer, Eufrosina! Que pergunta!
— Eu vou chamar sinhá; porque só ela pode com nhanhã.
Entretanto Alice procurava abrir o melão, batendo contra a ponta de um ramo quebrado.
— Uma menina, Felícia, que não pode tocar em fruta, que não adoeça; Vai logo comer melão!
Adélia, apesar de sua delicadeza de menina cortesã, não pôde esquivar-se à tentação das belas frutas. Quando o pajem Martinho lhe trazia alguma goiaba ou figo, ela segurando-a na pontinha dos dedos enluvados, voltava-se para a mucama:
— Fará mal, Felícia?
— Deixe ver, iaiá.
A Felícia tomava então a fruta, que cheirava e abria ao meio; comendo uma banda dava a outra a Adélia: