— Ela é rica, tem seu pai e sua mãe, que haviam de chorar muito se qualquer cousa lhe acontecesse; há de ter uma vida feliz. Mas eu!... Um pobrezinho, que já não tem pai e vive à custa dos outros, que faz neste mundo?
— Mário! disse Alice com exprobração.
— E sua mãe? interrogou Adélia.
— Minha mãe, coitada, pouco tem de viver: bem ouvi o médico dizer. Por ela já tinha ido reunir-se a meu pai no céu; é por mim só, que se resigna a estar ainda separada dele. Quando eu me lembro disto... O melhor é não falar nestas cousas.
— Vamos conversar sobre o casamento de D. Elisa com o Sr. Oscar, e do baile que há de haver, sim? disse Felícia.
— Quando será o casamento? perguntou Adélia sorrindo.
— Amanhã, sem falta.
— Eu também sou convidada? perguntou a Felícia.
— Está entendido.
— Há de ser uma festa! exclamou Alice, batendo palmas.
— A noiva é bonita, já se sabe, disse a mucama.