os traços que a superstição popular costuma atribuir aos bruxos.
Desde então nenhuma catástrofe se deu por aquela redondeza, nenhum transtorno ocorreu, que não fosse lançado à conta da mandinga do negro. Se um roceiro caía do cavalo e quebrava a perna; se alguma dona de casa se queimava no tacho de melado ou no forno a fazer beiju; se dava a peste nas galinhas ou chochava o grão na espiga do milheiral, não tinha que ver: era feitiço; e as vozes se uniam em uma só praga e esconjuro contra o bruxo do inferno que encafifava a todos e a tudo.
Era porém especialmente ao boqueirão que, segundo as beatas do lugar, presidia o pai Inácio; colocado pelo inimigo de propósito naquele sítio, para enganar os viajantes e atirá-los no redemoinho. Cada alma que o feiticeiro assim entregava em pecado mortal e sem confissão ao inferno, eram mais dez anos de vida que o diabo lhe deixava; por isso já andava ele seguramente pelos cento e vinte, senão mais; pois a parteira que passava por ser a pessoa mais velha do lugar, o tinha visto em pequena já