Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/208

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era a de viver sempre junto daqueles a quem estimo. Esta você ainda podia dar-me; porém não quer.

— Não quero?... repetiu o moço meneando a cabeça. Não posso!

— Que segredo é esse?

— Oh! não me interrogue! Eu lhe peço! Nada sei; não tenho segredos. O motivo que me prende só diz respeito a mim, e a ninguém mais. É uma fatalidade.

Um sorriso triste fugiu dos lábios de Alice.

— Sei qual é!

— Sabe! exclamou Mário recuando. Não; é impossível!

— Nada sente por mim... nem amizade. Eis a razão.

— Creia-me. Se eu não a amasse como a amo, Alice, talvez tivesse aceitado sua mão; e quando a recusasse, não duvidaria ficar aqui.

Estas palavras foram proferidas com estranha e profunda entonação. Alice fitou no semblante do mancebo seus belos olhos azuis, para perscrutar o pensamento que não entendera.

— Não pode compreender estas palavras, nem