Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/231

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me há de fazer visconde da primeira fornada: e antes disso não me pilha a legítima do rapaz.

Ficando só outra vez, concluiu o barão seu trabalho, acrescendo algumas parcelas a um livro menor, que fechou em uma capa de papel com endereço a Mário. Feito o que, sentou-se à secretária e escreveu uma carta ao moço.

Bateram de novo à porta. Era Benedito que o barão mandara chamar.

— Já sabes que Mário nos deixou!

O preto ficou sucumbido.

— Quando?

— Esta manhã. Mas é preciso que ele volte.

— É preciso, repetiu o preto como um eco.

— Segue-o por toda a parte; e onde o achares, entrega-lhe os papéis que vou confiar à tua fidelidade. Ele voltará e seremos todos felizes... todos.

— Deus queira!

Abriu o barão no cofre de bronze um segredo onde havia um maço lacrado com sobrescrito a Mário, e fechando-o com a carta e o livro em uma lata de trazer a tiracolo, deu-a ao preto:

— Aqui tens. Tu lhe entregarás, quando ele estiver só. Juras?