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Página:O Tronco do Ipê (Volume II).djvu/54

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onde se devia passar o serão, pois as salas estavam preparadas para a festa que tinha de começar à meia-noite.

Alice despira a sua gazil petulância de menina da roça, e fazia com garbo encantador as honras da sala. Sentia-se ainda titilar aquela gentil mobilidade, que parecia dar-lhe asas de beija-flor; mas o passarinho preso na gaiola dourada não tinha espaço para volutear. Faltava, na verdade, à filha do barão, certo modo correto, ou para falar a gíria de salão, faltava-lhe o tom, que distinguia sua amiga Adélia; mas, em compensação, seus gestos, ainda os mais comuns, embebiam-se da elegância natural que a envolvia como um nimbo de graça.

Em um momento ela dispôs as cousas de maneira a dar a todos um passatempo para essa primeira parte da noite. Arrumou-se a mesa de voltarete para o barão, o conselheiro e o vigário; e a do solo para a baronesa, D. Alina e o subdelegado. Os moços e moças arranjaram-se do outro lado da varanda para brincarem o jogo da palhinha.

Mário entrava do passeio que dera na fazenda