Página:O cabelleira - historia pernambucana (1876).djvu/172

Wikisource, a biblioteca livre

— Amanhã pela manhã teremos um lote, e poderemos metter terra em meio antes que o tropão bata por cá.

Tinham deixado a vereda, e achavam-se já na estrada que, fazendo pouco adiante um angulo, seguia em linha mais ou menos recta até o povoado.

Ao passarem por baixo de uma pitombeira que no angulo apontado agitava no ar a sua copa gigantesca, subito ruido espantou o cavallo que por um triz não tirou o cabresto da mão do Theodosio. Com o violento arranco, partiu-se a cilha da cangalha, e os dous cavalleiros vieram á terra.

— Diabo! exclamou o Theodosio contrariado e perturbado. Foi alguma curuja que abalou da pitombeira.

Não se havia partido só a cilha, mas tambem a armação da cangalha.

— Sabes que mais, Theodosio? Acho melhor, que não vás ao povoado.

— Porque não?

— A cilha partida, a cangalha arrebentada, tudo me parece aviso para que não faças a viagem, disse o Cabelleira.

— Estou já em outro accôrdo. Deixo-te o cavallo e vou a pé. Este cavallo é quem me está encaiporando.

Em quanto o Theodosio seguia pela beira