como granizo sobre a arêa, e no mesmo instante o corpo do innocentinho, crivado de bala e chumbo, caindo aos pés de Cabelleira, veiu dar-lhe novo testemunho de sua pericia na arte de atirar contra seu semelhante. [1]
Quem estivesse com os olhos em Theodosio no momento em que Cabelleira corrêra atraz dos meninos, têl-o-hia visto atirar dentro em uma mouta de mussambês e manjeriobas, que ficava perto da ribanceira, um pesado pacote que tirára do bolso. Neste pacote achava-se o dinheiro roubado ao logista pelo astucioso ladrão que agora o furtava novamente aos proprios companheiros de rapinas, depois de haver concorrido, por sua trapaça, para a morte das innocentes creaturas.
Quando se soube que Cabelleira estava na terra, e tinha sido o autor do latrocinio, a povoação horrorizada tratou unicamente de escapar a sua ferocidade.
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Diz a trova popular:
Lá na minha terra,
Lá em Santo-Antão,
Encontrei um homem,
Feito um guaribão,
Puz-lhe o bacamarte,
Foi pá, pi, no chão.