a mulher, por voz unanime de poetas e pensadores, se viu classificada como um ser incomprehensivel.
Miss Elvin desvendou o mysterio. Não era a mulher um ser incomprehensivel. Era apenas differente.
Mais fraca em força physica e, portanto, escravizavel, a sabina defendeu-se da tyrannia do raptor com o manejo de uma arma perigosissima, a dissimulação — reflexo ainda do caracter ondeante do seu elemento primitivo, o mar. Quando no mundo surgiu o feminismo, toda a gente suppoz que a solução do problema da mulher estava em nivelal-a ao homem pela cultura e egualdade de direitos. Erro cascudo, demonstrou miss Elvin. A cultura, como a creara o homem, não se adaptava ao cerebro da mulher, de funccionamento especialissimo e sempre influenciado por certas glanulas mysteriosas. Falhou porisso o feminismo. De toda a sua agitação só resultara uma coisa, a feminista, odiosa mulher-homem, que pensava com idéas de homem, falava com palavras de homem, usava collarinhos de homem, conseguindo com isso, apenas...
— ...não ser homem nem mulher, conclui eu, lembrando-me duma suffragista do meu conhecimento.
— Os estudos de miss Elvin modificaram completamente os termos da equação sexual. "Basta de symbiose, dizia ella ; basta de vida
