E, boa, foi buscar um copo de água e levou-lho a boca.
O velho bebeu, sem despregar os olhos do prato.
Arre diabo! resmungou Porfiro, cuspindo para o lado. Este é mesmo capaz de comer-nos a todos nós, sem achar espinhas!
Albino, esse, coitado! é que não comia quase nada e o pouco que conseguia meter no estômago fazia-lhe mal. Rita, para bolir com ele, disse que semelhante fastio era gravidez com certeza.
— Você já começa, hein?... balbuciou o pobre moço, esgueirando-se com a sua xícara de café.
— Olha, cuidado! gritou-lhe a mulata. Pouco café, que faz mal ao leite, e a criança pode sair trigueira!
O Albino voltou para dizer muito sério à Rita que não gostava dessas brincadeiras.
Alexandre, que havia acendido um charuto, depois de oferecer outros, galantemente, aos companheiros, arriscou, para também fazer a sua pilhéria, que o sonso do Albino fora pilhado às voltas com a Bruxa no capinzal dos fundos da estalagem, debaixo das mangueiras.
Só a Leocádia achou graça nisto e riu a bandeiras despregadas. Albino declarou, quase chorando, que ele não mexia com pessoa alguma, e que ninguém, por conseguinte, devia mexer com ele.
— Mas afinal, perguntou Porfiro, é mesmo exato que este pamonha não conhece mulher?...
— Ele é quem pode responder! acudiu a mulata. E esta história vai ficar hoje liquidada! Vamos lá, ó Albino! confessa-nos tudo, ou mal te terás de haver com a gente!