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mente,— uma casinha de papel em extremos de limpeza, com duas esteiras sobre o chão, um bule com chá, um prato com confeitos, uma jarra com ramos vicejantes; e á frente o jardinsinho,— bambus tuffados, azaleas em flor, pedras musgosas, o pequinono lago, onde peixes nadassem pachorrentos e

rãs coaxassem em noites estivaes. . . —

O-Hana e Naotarô amaram-se. Não se sabe porque. Porque eram ambos jovens, visinhos, conhecidos; e em circunstancias semelhantes a juventude attrahe a juventude. . .

Quando esta inclinação foi conhecida, as duas familias irromperam em não dissimulados azedumes. O casamento era impossivel. Se a adopção de um filho alheio podia resolver em theoria o problema, quem vinha sujeitar-se ao sacrificio? Os Yamuguchi? Os Fukumoto? Mas nem uns nem outros, com os diabo!. . . Os nomes das duas familias, procedentes de uma linhagem tão remota que em vão se tentaria investigar-lhes