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Página:O demônio familiar.djvu/50

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EDUARDO – É verdade.

CARLOTINHA – Mas que uma tarde, vindo aqui, mano não lhe deu uma palavra.

EDUARDO – E a razão disto não declarou?

CARLOTINHA – Ela ignora!

EDUARDO – Como!

CARLOTINHA – Procurou recordar-se das suas menores ações para ver se poderia ter dado causa à sua mudança; e não achou nada que devesse servir nem mesmo de pretexto.

EDUARDO – Com efeito! o fingimento chega a esse ponto!!

CARLOTINHA – É injusto, mano; aquele amor não se finge. Quando ela me recitou os versos que você lhe mandou...

EDUARDO – Eu... versos?

CARLOTINHA – Sim; uns versos em que a chamava de namoradeira, em que a ridicularizava.

EDUARDO – Mas não há tal, nunca lhe mandei versos!

CARLOTINHA – Ela