Página:O demônio familiar.djvu/71

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AZEVEDO – E eu o mais íntimo amigo de seu irmão! Há, portanto, dois motivos bastante fortes para o meu respeito e consideração.

CARLOTINHA – Muito obrigada! (A HENRIQUETA) Vai-te sentar; estás toda trêmula!

HENRIQUETA (baixo) – E ele, por que não vem?

CARLOTINHA – Não tarda! (Afastam-se.)

VASCONCELOS (a D. MARIA) – Parece-me um excelente moço, e estou certo que há de fazer a felicidade de minha filha.

D. MARIA – É o que desejo; tenho muita amizade à sua menina e estimo que seu marido reúna todas as qualidades.

VASCONCELOS – Para mim, se quer que lhe diga a verdade, só lhe noto um pequeno defeito.

D. MARIA – Qual? É jogador?

VASCONCELOS – Não; o jogo já não é um defeito, segundo dizem; tornou-se um divertimento de bom-tom. O que noto em meu genro, e que desejo corrigir-lhe, é o mau costume de falar metade em francês e metade em português, de modo que ninguém o pode entender!