Página:O demônio familiar.djvu/72

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D. MARIA – Ah! Não observei ainda!

VASCONCELOS – É uma mania que eles trazem de Paris e que os torna sofrivelmente ridículos. Mas não se querem convencer!

AZEVEDO – Tem um belo jardim, minha senhora, um verdadeiro bosquet. Oh! c'est charmant! Não perdoo, porém, a meu amigo Eduardo não ter aproveitado para fazer um kiosque. Ficaria magnífico!

VASCONCELOS – Então, entendeu?

D. MARIA – Não, absolutamente nada!

VASCONCELOS – O mesmo me sucede! Tanto que às vezes ainda duvido que realmente ele me tenha pedido a mão de Henriqueta!

D. MARIA – Ora! É demais! (Sobem.)

AZEVEDO (a CARLOTINHA) – Aqui passa V. Ex.a naturalmente as tardes, conversando com as suas flores, em doce e suave réverie!

CARLOTINHA – Não tenho o costume de sonhar acordada; isso é bom para as naturezas poéticas.